O presente estudo apóia-se no referencial sócio-construtivista, especialmente em conceitos e idéias desenvolvidas por Karl Weick, para analisar uma experiência de avaliação de um programa de desenvolvimento de pessoas - "Cuidar-se para cuidar" - em uma instituição hospitalar da rede privada de Salvador. Todas as decisões do processo de concepção e desenvolvimento da avaliação do programa realizada por uma equipe de consultores externos e técnicos do Hospital foram registradas. Tais dados fornecem a base para as análises e interpretações que buscam ressaltar a natureza socialmente construída dos processos organizativos. Os resultados evidenciam, em primeiro lugar, que o contexto da organização e as suas políticas de Recursos Humanos favorecem processos de sensemaking posteriores e incremento de uma 'mente coletiva'. Em segundo lugar, são revelados, nas diferentes fases do processo de avaliação, os schemas que guiam todo o processo de construção de sentido e do seu compartilhamento na equipe. A análise dessa experiência aponta, de forma significativa, como o processo de avaliação de programas constituiu, na realidade, uma prática organizativa que dá estabilidade às experiências individuais e contribui para a construção de sentidos compartilhados entre as pessoas, articulando-os a valores e missão da organização.
The present study, based on concepts from a cognitive and constructivist perspective of the organization, specially on the concepts and ideas of Karl Weick, analyzes the experience of evaluation of a program, developed in a private hospital in Salvador ("Care for yourself to care for others"). The program was evaluated by external consultants and technicians from the hospital team as well. the data collection and analysis focused on evaluating the decision-making process related to the conception and development of the program. These data, systematically recorded, were the basis for discussion and interpretations that emphasized a socially constructed nature of the processes of organizing. first of all, the results make evident that the organizational context itself, as well as the policies of Human Resources, favor sensemaking processes later and and the development of a collective mind, contributing to make the organization leaders vigilant and attentive so that the moral values and knowledge are duly contemplated. Secondly, the schemes which guide the whole process of sensemaking and how it is shared by the team are clearly shown in the different phases of the evaluation process. The analysis of this experience indicates, in a very significant way, how the evaluation process constituted, in fact, an organizative practice that provides stability to individual experiences and contributes to the sensemaking shared among people, articulating them to the organization's values and mission.